O aumento dos casos de Sida, malária e tuberculose em Angola está a ser analisado em Luanda pela Rede Angolana das Organizações e Serviços da Sida (ANASO) em parceria com a World Vision, e com o apoio do Fundo Global.
O presidente da ANASO António Coelho disse à VOA que o encontro deverá produzir um memorando dirigido ao Governo a reflectir a necessidade de mais verbas para o sector da saúde.
Coelho precisou que a verba que a organização recebe do Ministério da Saúde não tem dado margem de manobra para apoiar o público-alvo em termos da assistência, formação e educação.
Os números de infecções do Sida têm aumentado e há casos de contaminação feita de forma dolosa.
Até finais de 2017, a situação do VIH-Sida em Angola era tida como “dramática” com um registo de 25 mil novas infecções por ano, mas os dados avançados pela ANASO, na altura, apontavam para uma taxa de prevalênci ade 2 por cento, o que significa que entre 380 mil e 500 mil pessoas vivem com o vírus no país.
Deste total apenas 22 por cento beneficiam de tratamento anti-retroviral, o que representa 68 mil pessoas.
A taxa de abandono era de 33 porcento, ou seja, em cada 100 pessoas com a doença 33 abandonam o tratamento.