Alegadas ordens superiores inviabilizaram, à última hora, a reconstituição do crime ocorrido no monte Sumi no Huambo, que era suposto ter acontecido na passada sexta-feira.
A reconstrução dos incidentes ocorridos em Abril passado envolvendo os fiéis da seita A Luz do Mundo e a Polícia Nacional tinha sido acordada entre o juiz e os advogados do processo crime, em que o principal acusado é o cidadão José Julino Kalupateca.
A região onde ocorreu o incidente foi transformada em zona militar, o que parece justificar mais este impedimento da deslocação de peritos forenses.
O presidente da Associação Mãos Livres Salvador Freire, que defende Kalupeteca, manifesta-se desapontado com o ocorrido, mas garante que sem a reconstituição não haverá um julgamento justo do caso.
A alegação do tribunal é que a perícia efectuada no local pela Polícia Nacional é suficiente, posição contrariada pelo membro da defesa dos acusados, Salvador Freire.
Julino Kalupeteca, líder da seita A Luz do Mundo e alguns dos seus seguidores aguardam julgamento na cidade do Huambo, depois de o Ministério Público os ter acusado de crime de homicídio qualificado consumado, homicídio qualificado frustrado e ainda de crime de desobediência, resistência e posse ilegal de armas de fogo.
Dos confrontos havidos entre a polícia e os seguidores de Kalupeteca resultou a morte de nove polícias e 13 civis, segundo dadas oficiais, entretanto contrariados por outras fontes que sugerem puder ter havido a morte de centenas de fiéis.