O grupo parlamentar do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), líder da oposição na Guiné - Bissau, acusa Portugal e Angola de "ingerência nos assuntos internos da Guiné - Bissau".
Os dois países disseram recentemente, em circunstâncias diferentes, que a nomeação de um novo Primeiro-ministro não depende da situação no parlamento, marcada com eleição do segundo vice-presidente.
Abdu Mane, do MADEM-G15, disse que "Angola não tem lição de moral para dar a Guiné - Bissau no âmbito da democracia e dos direitos humanos".
Ele mencionou o facto do embaixador angolano na Guiné - Bissau, Daniel Rosa, ter falado do fim do mandato do Presidente da República, José Mário Vaz".
Sobre Portugal, o MADEM-G15 disse "não estranhar", lembrando que "Lisboa chegou de condecorar um dirigente rebelde guineense, uma referência a Ansumane Mane, líder a Junta Militar, que fez a guerra de 7 de Junho de 1998 contra o presidente Nino Vieira.
O Movimento para Alternância Democrática apela, entretanto, as autoridades de Portugal e de Angola "a respeitarem a soberania da Guiné - Bissau, as leis e as suas instituições".
Estas reacções surgem depois das sessões de auscultação promovida está sexta-feira pelo Presidente da República, com vista a nomeação de um novo Primeiro-ministro, depois de três meses da realização das eleições legislativas.