O Orçamento Geral do Estado (OGE) foi aprovado pelos votos da maioria, com toda a oposição a votar contra.
Fora do Parlamento, também há vozes críticas.
O professor universitário em economia Faustino Mumbica pensa que enquanto o roubo for uma política institucional do Estado, pouco ou nada servirá o OGE.
"A questão da corrupção e do peculato em Angola é uma política de Estado porque o roubo acontece nas instituições do Estado e quem rouba são os próprios dirigentes, o Estado angolano é perverso porque as próprias pessoas das instituições do Estado são as que praticam os crimes que o estado diz querer combater", disse o professor.
Mumbica explicou que "se um administrador, governador ou Presidente da República pegar em 200 milhões de euros dos cofres do Estado e transferir para a filha isto não é corrupção é roubo".
Por seu lado, Sediangani Mbimbi, presidente do partido PDP-ANA, sem assento parlamentar, usou os números do actual OGE para caracterizar a sociedade angolana.
"A sociedade é pautada pela lei do mais forte e não pela justiça, se reparar no OGE de 2016 há várias rubricas, para as províncias, para departamentos tal, mas quando chega ao sector de segurança do Presidente da República e Defesa Nacional há somas avultadas enquanto para o coitado do cidadão nada que tem direito"
Sediangani Mbimbi presidente do partido PDP-ANA, sem assento parlamentar.