O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) entregou ao Tribunal Constitucional nesta terça-feira, 9, uma previdência cautelar para embargar a resolução da Assembleia Nacional que autorizou a entrada de militares ruandeses no país.
Um contingente com 20 militares do Ruanda chegou no sábado, 6, ao arquipélago a convite do Governo para "dar formação e treino" aos militares e forças de defesa e segurança nos próximos dois meses.
O anúncio foi feito pelo presidente do principal partido da oposição,o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).
"Esperamos que o Tribunal Constitucional trave todo esse processo. As tropas ruandesas devem se retirar de São Tomé e Príncipe", disse Aurélio Martins, para quem "não foram cumpridos os trâmites legais" para a entrada dos militares do Ruanda no país.
Para Martins, a Constituição foi violada porque “o Governo não obedeceu as normas" que permitem ao Presidente da República convocar o Conselho de Estado.
O líder da oposição reiterou que o Governo "não tem conseguido resolver o problema da população, e está a recorrer a outras práticas de intimidar a população e a oposição trazendo tropas estrangeiras para o país".
Martins conclui que o Governo quer treinar a "a tropa de elite do Governo".
No debate da passada sexta-feira no Parlamento, os outros dois partidos da oposição, PCD e UDD, criticaram a decisão do Governo de Patrice Trovoada e prometem juntar-se ao MLSTP-PSD na providência cautelar.