A CASA-CE lamenta que o Governo Provincial de Benguela esteja a apresentar programas para o quinquénio 2018/22 em sessões públicas presididas pelos três vice-governadores, sublinhando que a iniciativa equivale a politiquices próprias de um regime alheio à transparência.
As críticas da coligação de Abel Chivukuvuku, subscritas pela UNITA, coincidiram com um acto de massas que serviu para enaltecer a figura de João Lourenço, apontado como “garante para um desenvolvimento sustentável”.
Ao falar num acto que durou pouco mais de duas horas, o governador e 1º secretário do MPLA em Benguela apontou a trajectória política do cabeça-de-lista do seu partido para justificar o pedido de um voto de confiança.
“É um curriculum que serve de testemunho para a sua dedicação na defesa dos ideais do MPLA e dos interesses superiores do povo angolano. Falamos do garante para o desenvolvimento do país e bem-estar do povo angolano’’, sustenta Isaac dos Anjos.
Enquanto Isaac dos Anjos lançava bases para a visita de João Lourenço a Benguela, agendada para Maio, a oposição criticava a estratégia de desenvolvimento do Governo, na sequência de consultas públicas que sugerem garantias de triunfo nas eleições previstas para Agosto.
O secretário provincial da CASA-CE, Francisco Viena, assinala que o Executivo do MPLA já não consegue oferecer prosperidade ao povo angolano.
“’Isto, discursos e consultas públicas, é um exercício teatral, de politiquices, na medida em que o Governo do MPLA não flexibiliza as opiniões de outros sectores da sociedade. A CASA chega à conclusão de que os dirigentes angolanos não são sérios’’, criticaViena.
A prova disto, na óptica do deputado Alberto Ngalanela, secretário da UNITA, é o fracasso do plano de desenvolvimento para o quinquénio 2013/17.
“Eles falharam, por isso querem mais uma oportunidade. Mas, estou certo, o povo vai penalizar o programa que fracassou, apostando em outros, como o da UNITA, que é exequível’’, refere Ngalanela.
A pensar numa vitória eleitoral, o Governo do MPLA está a recolher sugestões para os próximos cinco anos, período que será preenchido com acções que não saíram do papel por falta de recursos.