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Oposição cubana denuncia 610 detenções políticas


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A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) denunciou hoje, 3, 610 detenções arbitrárias por motivos políticos no país apenas durante o mês de março, o número mais elevado dos últimos sete meses.

"Foi notória a tendência de aumento deste tipo de acções repressivas, ao mesmo tempo que identificámos 95 casos de pessoas que sofreram outras formas de repressão política, incluindo agressões físicas, assédio policial e actos de vandalismo ou de repúdio", apontou o relatório mensal daquele grupo opositor, liderado pelo activista Elizardo Sánchez.

Cuba "continua a criminalizar o exercício de todos os direitos civis e políticos", diz o documento em que a CCDHRN expressou o seu pessimismo sobre uma eventual mudança do panorama dos direitos fundamentais, civis e políticos na ilha liderada por Raul Castro, afirmando que o Governo de Havana tem uma "posição imutável" perante qualquer esforço ou proposta "a favor de urgentes reformas jurídicas, económicas e políticas".

"Os cubanos, como todos os outros povos, também têm direito a todos os direitos, incluindo o direito de não serem perseguidos ou intimidados na sua luta pacífica para sair da pobreza e de um profundo desespero", indicou a organização, acrescentando que Cuba ainda sofre "da pior situação de direitos civis e políticos e de outros direitos fundamentais" de todo o hemisfério ocidental.

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