A proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, que começou a ser discutida nesta quinta-feira, 18, pela Assembleia Nacional de Angola,mantém verbas para associações ligadas ao MPLA e a figuras do poder.
A rubrica tem sido alvo de críticas.
Organizações como Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Associação dos Jovens Angolanos Provenientes da Zâmbia (Ajapraz), Movimento Nacional Espontâneo (MNE) e Campo Nacional de Férias dos Estudantes Universitários (CANFEU) todas ligadas ao MPLA constam das organizações que vão merecer o apoio do OGE 2018.
Raúl Danda, deputado e vice-presidente da UNITA, mostra-se chocado e diz que o Executivo devia gastar os recursos do Estado de forma racional.
“Pensei que o festival ZéDú ficou para lá mas ainda faz parte”, lamentou Danda.
Já Lindo Bernardo Tito, deputado da CASA-CE, condena a inclusão destas organizações ao OGE e diz que o país continua refém da partidarização do Estado.
“Todos nós sabemos que o Canfeu é uma organização da JMPLA e temos também a AJAPRAS e o MNE”, lembrou Tito.
Para Salomão José Luheto Xirimbimbi, presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, o seu partido visa com este orçamento cumprir as suas promessas eleitorais “e o MPLA está sempre na linha da frente”.
Entretanto, Agostinho Sicato, do Centro de Debates Académicos, considera que estas organizações ligadas ao MPLA nada fazem para as populações angolanas e isso “não é bom para João Lourenço”
O Presidente da República considerou hoje desafiante a situação económica e financeira desafiante, mas afirmou no Parlamento que o país precisa de adoptar, rapidamente, medidas de políticas que promovam o equilíbrio interno e externo da economia.