A Oposição angolana acusa o MPLA de usar meios públicos nas suas deslocações para a apresentação do seu candidato João Lourenço.
A UNITA e a CASA-CE, que reagiam a dotação orçamental para as campanhas eleitorais, disseram que o MPLA e o seu candidato violam as leis e a constituição.
Cada partido irá receber 173.333.333,33 kwanzas (cerca de 1.039.540,00 dólares americanos) do estado para as eleições gerais de 23 de Agosto.
Segundo Alcides Sakala, porta-voz da UNITA, este montante é insignificante para as formações políticas que vão concorrer com um partido como MPLA.
“Não estamos satisfeitos com este montante; nós consideramos de uma gota de água doce no oceano, sobretudo quando há um partido que é partido-estado, que usa os meios do estado para sustentar a sua campanha” disse.
Lindo Bernardo Tito, porta-voz da CASA-CE, também critica o comportamento do MPLA.
“É lamentável que o candidato do MPLA, que está a propalar que vai combater a corrupção, esteja a promover a corrupção eleitoral. O peixe morre pela boca” disse Tito.
Bento dos Santos Kamgamba, membro do Comité Central do MPLA, negou a acusação, e disse que o MPLA, tal como a UNITA, sobrevivem das contribuições dos seus membros.
“Todos os dirigentes do MPLA pagam quotas, tal como os membros da UNITA, que estão na caixa social, pagam uma quantia para o trabalho do partido” disse.
Para as eleições de 23 de Agosto, o Tribunal Constitucional validou as candidaturas dos partidos MPLA, FNLA, UNITA, PRS, APN e a coligação CASA-CE.