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Oposição moçambicana apoia manifestações e exige auditoria forense ao processo eleitoral


Moçambique, manifestantes, Maputo
Moçambique, manifestantes, Maputo

Os partidos da oposição, que participaram das polémicas eleições gerais do passado dia 9 de Outubro corrente, assinaram hoje, 30, uma declaração conjunta a desafiar os resultados eleitorais.

A declaração apoia as manifestações convocadas por Venâncio Mondlane e exige uma auditoria forense ao processo eleitoral.

Numa declaração conjunta e inédita nas últimas duas décadas, a oposição expressa a sua união num pacto que tem como objetivo a impugnação dos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Oposição moçambicana apoia manifestações e exige auditoria forense ao processo eleitoral
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“Nós queremos declarar a rejeição dos resultados anunciados pela CNE, por não estarem em conformidade com as normas e procedimentos, como, também, por serem caracterizados por vários vícios e violações à lei”, explicou Dinis Tivane, um dos membros seniores do PODEMOS, segundo partido mais votado, conforme os resultados dos órgãos eleitorais.

Auditoria forense

Por outro lado, através do pacto, a oposição diz que os problemas das eleições deste ano foram tão graves que devem merecer uma auditoria forense para que os responsáveis do que chamam de mega fraude não saiam impunes.

“Exigimos uma auditoria forense a favor da verdade eleitoral e posterior responsabilização criminal pela violação da Constituição, da Lei Eleitoral e pela fraude, por parte dos principais dirigentes dos órgãos de administração eleitoral, por compreender que, se não foram eles os responsáveis pela fraude, foram cúmplices da mesma”, defendem os signatários do pacto.

O acordo que chancela a união da oposição foi anunciado na véspera das anunciadas manifestações públicas à escala nacional, convocadas por Venâncio Mondlane, oficialmente o segundo candidato presidencial mais votado, depois de Daniel Chapo, da Frelimo.

Contencioso

A oposição diz tratar-se de uma causa legítima e por isso, apelou à adesão popular.

“Nós queremos salvaguardar os direitos dos moçambicanos. As nossas manifestações são pacíficas e vamos, sobretudo, evocar a Constituição da República”, assegurou Salomão Muchanga, líder da Nova Democracia, um dos partidos signatários do acordo.

Enquanto isso, o Conselho Constitucional, a quem cabe validar e promulgar os resultados divulgados pela CNE, já começou a colocar mãos à obra no dossier eleitoral.

Nesta segunda-feira recebeu a contestação dos partidos da oposição e as provas que desafiam o escrutínio e já solicitou aos órgãos eleitorais editais de alguns círculos eleitorais para confrontar com os resultados já divulgados.

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