Os dois principais partidos políticos na Guiné-Bissau, PRS e MADEM-G15, promoveram nesta quinta-feira, 5, uma manifestação contra a decisão do Governo de corrigir nomes de mais de 25 eleitores que não conseguiram votar nas eleições legislativas de Março.
Aqueles partidos, bem como o APU-PDGB e outros movimentos sociais que se juntaram ao protesto, têm defendido a realização de um novo recenseamento ou actualização do anterior, alegando que a correcção dos cadernos eleitorais é uma ilegalidade.
Os partidos políticos justificam a sua posição do Governo com a falta de transparência e por isso exigem o recenseamento de raiz ou a actualização dos cadernos eleitorais, em vez de correção das anteriores irregularidades.
A marcha, segundo Queba Jaité, porta-voz dos manifestantes, visa denunciar junto das instâncias judiciais e da comunidade internacional o que qualificam de irregularidades na condução do processo eleitoral.
“Esta manifestação é como uma denúncia, temos o Ministério Publico e os tribunais. Com a correção eleitoral, que estão a fazer, nós não vamos a lado nenhum”, disse.
Quem também se posicionou contra a decisão do Governo foi a candidatura do antigo primeiro-ministro e ex-líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, que considerou, em comunicado, que o "acto do Governo não se baseia em nenhuma lei do país e não reúne o consenso dos actores políticos nacionais".