Os partidos da oposição dizem que a nomeação de Óscar Santos para o cargo de Governador do Banco Central de Cabo Verde é um arranjo político a favor do ex-presidente da Câmara da Praia.
Para o PAICV, esta nomeação configura-se um arranjo político para colocar uma pessoa que saiu fragilizada após a derrota nas eleições municipais de outubro do ano passado.
Walter Évora afirma que os deputados do maior partido da oposição não concordaram com esta nomeação, por entenderem que fica comprometida a imparcialidade e distanciamento político que se deseja para o cargo.
O MPD, no poder, diz que se trata de uma nomeação normal, que teve em conta a competência da pessoa indicada e não outros "fantasmas".
O analista António Ludgero Correia afirma que era notória e a olhos de todos, que Óscar Santos, que é quadro do BCV, seria a pessoa indicada para suceder João Serra na liderança do Banco Central.
"O facto de o mesmo ter concorrido e perdido na tentativa de renovar o mandato na câmara da Praia, não tira a sua capacidade de realizar um bom trabalho enquanto governador do Banco", diz Correia.