O Governo angolano anunciou que vai lançar, a partir de Novembro, mais uma acção policial para combater a criminalidade e a imigração ilegal, denominada “Operação Resgate".
O comandante-geral da polícia angolana, Paulo de Almeida, a "Operação Resgate",visa repor a autoridade do Estado, combater o crime e a imigração ilegal, assim como as transgressões administrativas e deve ter um carácter "repressivo e pedagógico".
A operação anunciada vai decorrer em paralelo com a que foi iniciada em Setembro, que incide particularmena expulsão de cerca de 400 mil estrangeiros de Angola.
A operação já foi, entretanto, contestada pelas Nações que, na voz da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, exortou, na semana passado, o Governo angolano a suspender as expulsões em massa de migrantes da República Democrática do Congo (RDC).
O sociólogo Rafael Aguiar defende que as expulsões de estrangeiros sem as devidas cautelas e vai se reflectir no mercado informal, que em Angola é assugurado maioroitariamente por cidadãos expatriados, com a perda do poder de compra da população.
Por seu turno, o activista social André Augusto considera que as deportações em massa de estrangeiros acarretam consequências, económicas e sociais e políticas para o país.
André Augusto diz que medidas do género devem ser tomadas com “alguma inteligência, calma e ponderação” visando evitar convulsões sociais tanto dentro comofora dasfronteiras do país.
Entretanto, o comandante geral da polícia, Paulo de Almeida, garante que, com esta operação, o Governo pretende “garantir maior estabilidade, sossego, tranquilidade e paz aos cidadãos, bem como “resgatar a autoridade do Estado,a ordem, o civismo ea dignidade" dos cidadãos.
Outro alvo da acção da polícia tem a ver com a venda de aparelhos de comunicação nas ruas ou nos mercados informais e a insalubridade pública devendo “levar o tempo que for necessário”, concluiu o comandante Paulo de Almeida.