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Assembleia Geral da ONU condena decisão americana de reconhecer Jerusalém capital de Israel


Nikki Haley ameaça países que votaram contra Washington
Nikki Haley ameaça países que votaram contra Washington

Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde votaram a favor da resolução

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adoptou nesta quinta-feira, 21, por uma ampla maioria uma resolução que condena o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel.

Dos 193 países membros, 128 votaram a favor, nove contra e 35 se abstiveram.

Entre os países lusófonos Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde votaram a favor da resolução, enquanto a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste não estiveram presentes.

A resolução, sem carácter vinculativo, foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), que é contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.

O texto da resolução escreve que qualquer decisão sobre Jerusalém deve ser cancelada, sem mencionar o nome dos Estados Unidos directamente.

Do lado americano, a advertência foi feita pela embaixadora junto das Nações Unidas.

“Os Estados Unidos vão lembrar-se deste dia, quando foram alvo de ataque na Assembleia Geral. Vamos lembrar-nos disso quando os países vierem bater à nossa porta, como fazem sempre, para pagarmos ainda mais. Este voto vai ser lembrado”, avisou Nikki Haley, da votação.

Ontem, o Presidente Donald Trump tinha ameaçado os Estados-membros da ONU que apoiassem a resolução, falando em cortar a ajuda financeira atribuída por Washington.

"Vamos tomar nota dos votos", afiançou Donald Trump, acrescentando que “vamos poupar muito”.

A embaixadora Halley garantiu, antes da votação, que "a América colocará nossa embaixada em Jerusalém" e que “nenhum voto nas Nações Unidas fará qualquer diferença nisso".

Juntamente com os Estados Unidos e Israel, votaram Guatemala, Honduras, Togo, Ilhas Marshall Micronésia, Nauru e Palau

Actualmente, a maioria dos países mantêm as suas embaixadas em Tel Aviv devido à falta de consenso na comunidade internacional sobre o estatuto de Jerusalém.

A posição da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até o anúncio de Trump, é a de que o estatuto de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.

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