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ONU aprova resolução contra racismo sistémico apresentada por países africanos


Philonise Floyd, irmão de George Floyd, depoe na reunião da Comissão dos Direitos Humanos da ONU
Philonise Floyd, irmão de George Floyd, depoe na reunião da Comissão dos Direitos Humanos da ONU

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira, 19, em Genebra, uma resolução que condena o racismo sistémico e a violência policial, mas sem qualquer referência aos Estados Unidos, como inicialmente previsto.

A resolução apresentada pelos países africanos com urgência, após a morte de George Floyd e os protestos em massa contra o racismo em todo o mundo, foi aprovada por consenso pelos membros do Conselho, do qual os Estados Unidos saíram em 2018.

O texto pede à Alta Comissária dos Direitos Humanos, Michelle Bachelet, "que estabeleça os fatos e as circunstâncias relacionadas ao racismo sistémico, às supostas violações do direito internacional em questões de direitos humanos e maus-tratos contra africanos e pessoas de ascendência africana".

No início do debate, a resolução condenava "as práticas raciais discriminatórias e violentas da polícia contra africanos e pessoas de origem africana e o racismo estrutural endêmico do sistema penal, nos Estados Unidos e em outras partes do mundo".

O projeto recebeu o apoio de Martin Luther King III, filho do ícone da luta pelos direitos civis, uma declaração por escrito.

No entanto, os países membros do Conselho decidiram retirar a referência aos Estados Unidos.

Antes da reunião que iniciou na quarta-feira, o embaixador americano junto da Comissão em Genebra, Andrew Bremberg, disse que o seu país não está "acima de um escrutínio" em questões de discriminação racial, mas que está a implementar reformas contra a violência policial.

Bremberg acrescentou que o combate ao racimo e à brutalidade deve acontecer em todo o mundo e que já muitos países que enfrentam os mesmos problemas.

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