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ONU analisa sanções contra militares guineenses


Onze militares estão sob sanções desde 2012
Onze militares estão sob sanções desde 2012

Uma missão do Comité de Sanções das Nações Unidas encontra-se na Guiné-Bissau para avaliar a situação de 11 oficiais militares que ainda estão sob sanções da ONU, desde o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

De então, a esta parte, conforme a ONU, os sancionados foram proibidos de viajar para o exterior, viram as suas eventuais contas bancárias no estrangeiro bloqueadas e, também, foram confrontados com outras restrições inerentes ao quadro das sanções ainda em vigor.

Além da questão do processo eleitoral, em curso, no país, o assunto foi analisado nesta segunda-feira, 28, numa reunião entre os enviados daquele órgão da ONU e o Presidente da República cessante, José Mário Vaz.

À imprensa, o presidente do Comité de Sanções da ONU e Chefe da Missão, Anatoly Ndogba, espera que a Guiné-Bissau, tal como a Libéria e a Costa do Marfim, saia da agenda do Conselho de Segurança.

“Posso assegurar que está na agenda do Conselho de Segurança poder ver a Guiné-Bissau sem sanções e fora da agenda do Conselho de Segurança. Que a Guiné-Bissau saia como a Libéria e Costa de Marfim que já saíram da agenda do Conselho de Segurança, “garantiu.

Entre os oficiais sancionados contam-se o antigo Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, Mamadu Turé, o actual vice-Chefe de Estado Maior General, Ibraima Papa Camará, o Chefe de Estado-maior da Força Aérea e Daba Na Ualna, actual Presidente do Tribunal Militar Superior, na altura porta-voz do movimento.

Entretanto, em conversa com a VOA, sob anonimato, uma alta patente militar qualifica a presença da missão da ONU, como um sério aviso ao possível reforço de sanções contra os militares que constam da lista dos sancionados e provável extensão das mesmas às outras figuras militares e civis, em caso de um eventual envolvimento nos actos de subversão da rrdem constitucional no país.

A fonte lembrou que o Estado guineense “tentou várias vezes, sem sucesso, pedir o levantamento das sanções aos oficias militares”.

Na sua opinião, “a reserva do Conselho de Segurança da ONU sobre esta questão, tem a ver com o efeito persuasivo que as sanções terão produzido para manter os militares nas casernas ao longo dos últimos cinco anos”.

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