O coordenador de emergência do Programa Mundial de Alimentação (PM), Pedro Matos disse nesta terça-feira, 19, que a situação em Moçambique “é uma coisa nunca vista", enquanto o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, nas siglas em inglês) alertou que as próximas 24 horas serão "críticas" para Moçambique, devido aos efeitos do ciclone Idai.
Pedro Matos explicou à ONU News que “nem Moçambique nem nenhum país do mundo está preparado para responder a uma tragédia desta dimensão".
O OCHA, por seu lado, disse em comunicado haver "um elevado risco de inundações em zonas urbanas da Beira e do Dondo", no centro de Moçambique, depois da passagem do cyclone Idai.
As autoridades moçambicanas indicaram que, pelo menos, 267 salas de aula e 24 unidades de saúde foram afectadas nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Inhambane, enquanto 90 por cento das infraestruturas da cidade da Beira e arredores foi destruído.
Na segunda-feira, o Presidente Filipe Nyusi admitiu que o número de mortos pode ascender a mil, enquanto um milhão e 500 mil pessoas correm perigo.
O Governo moçambicano decretou emergência nacional e luto oficial de três dias a partir desta terça-feira.