O Centro de Investigação e Informação de Medicamentos e Toxicologia de Malanje (CIMETOX) da Faculdade de Medicina pretende elaborar nos próximos tempos um mapa de distribuição e localização de serpentes em Angola.
A informação foi avançada pela vice-decana daquela instituição académica Paula Regina Simões que representou recentemente, pela primeira vez, a África Austral num seminário internacional sobre mordeduras por serpentes da Bio SnakeFarm na cidade de Watamu, no Quénia.
Regina Simões disse que só através da criação desse mapa “é que podemos saber o tipo de serpentes que existem”, como meio para no futuro se melhor combater os resultados dos acidentes com serpentes.
A Organização Mundial da Saúde considera as mordeduras de cobras como uma das doenças tropicais mais negligenciadas,
“Para o tratamento efectivo delas é preciso administrar soros antiofídicos e estes soros em princípio devem ser os mais específicos possíveis”, disse Simões
Entretanto, a especialista alertou contra a prática de abate indiscriminado de cobras pois isso pode ter efeitos negativos no meio ambiente com resultados maus para o ser humano.
Na India tinha havido um abate excessivo de cobras, o que levou a um aumento da população de ratos que são o principal alimento das cobras e o que trouxe doenças para os seres humanos.
Uma área de recolecção de serpentes foi criada no Centro de Investigação e Informação de Medicamentos e Toxicologia de Malanje que foi aberto em 2011 e no período entre 2013 a Setembro deste efectuou 640 consultas telefónicas de províncias angolanas e de Portugal.