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Oito cabo-verdianos na corrida para a Presidência da República


Palácio presidencial, Cabo Verde
Palácio presidencial, Cabo Verde

Carlos Veiga e José Maria Neves são considerados principais candidatos

Oito cidadãos apresentaram as suas candidaturas presidenciais no Tribunal Constitucional, Órgão que realizou esta quinta-feira, o sorteio para o posicionamento dos candidatos nos boletins de voto.

Apesar do número de concorrentes, alguns analistas consideram que a disputa vai centrar-se mais entre Carlos Veiga e José Maria Neves. Ambos ocuparam o posto de primeiro-ministro.

Oito cabo verdianos na corrida para a Presidência da República
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Para as eleições presidenciais agendadas para 17 de Outubro próximo, entram ainda Joaquim Jaime Monteiro, 81 anos de idade e candidato mais velho, que concorre pela terceira vez; o antigo deputado do MPD Hélio Sanches; o ex-conselheiro do primeiro-ministro, Casimiro de Pina; o cientista Péricles Tavares; o engenheiro naval Fernando Rocha Delgado; e o médico Gilson João Alves.

Acho que nós não estamos a precisar um salvador da pátria para termos muitos candidatos
Henrique Varela, sociólogo

Uma destas personalidades será sucessora de Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo e último mandato como Presidente da República deCabo Verde.

Embora o chefe de Estado não possua poderes executivos no sistema político cabo-verdiano, os sectores da segurança, justiça, transportes e economia são os mais destacados nos projectos eleitorais dos candidatos, que prometem usar a sua influência para ajudar o Governo a encontrar respostas.

Oportunidades desiguais

O analista politico António Ludgero Correia classifica a disponibilidade de vários candidatos como um sinal claro da vitalidade da democracia do arquipélago.

Por outro lado, o antigo conselheiro presidencial diz que seria desejável que um dos candidatos que nunca esteve na liderança partidária e outros cargos políticos pudesse ganhar, mas a realidade prática tem demonstrado que o peso da máquina partidária joga papel relevante.

Correia diz que a luta será renhida entre os dois ex-chefes de governo que partem com apoio político do MPD, PAICV e UCID.

Em relação a isso, Correia diz que a situação é complicada para os candidatos sem apoio forte. “Não há igualdade de oportunidades neste caso", realça.

O sociólogo, Henrique Varela entende que alguns dos candidatos entram na corrida mais por satisfação pessoal e não com projecto de servir o país.

"Acho que nós não estamos a precisar um salvador da pátria para termos muitos candidatos" diz Varela.

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