Os oficiais angolanos na reforma suspenderam uma manifestação programada para amanhã, sábado, 20, para exigir o pagamento de quantias que, segundo dizem, lhes são devidas desde 2009.
A decisão de suspender a manifestação segue-se a uma reunião na quinta-feira, 18, com o ministro da Defesa em que este terá prometido pagar metade da dívida "de forma faseada e repôr subsídios de empregadas domésticas”.
Na quarta-feira, 17, como a VOA anunciou, generais e outros oficiais na reforma da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) disseram estar agastados com tantas promessas não cumpridas e decidiram sair à rua para exigir o pagamento da dívida desde 2009 de mais de 300 milhões de kwanzas.
“Há colegas nossos que para comer têm de ir aos contentores de lixo, é demais, uma dívida contraída pelo Estado angolano, nosso dinheiro”, afirma o general na reforma José Alberto Limukueno e presidente da Associação dos Oficiais Generais, Superiores e Subalternos, quem diz “ter esgotado a paciência”.
Num documento divulgado a 9 de Fevereiro, convocando o protesto, os ex-militares afirmavam ter sido arrastados para "a desgraça" e estarem a viver numa "pobreza extrema"