Em causa está a disputa da liderança da associação que conta com mais de oitenta mil membros. Para falar sobre assunto, ouvimos Botelho Diogo, vice presidente da direcção destituída, António Fernando Samora e Caetano Marcolino, presidente da actual direcção.
A Associação de Apoio aos Combatentes das Ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (ASCOFA) está, desde o ano passado, a disputar a liderança da associação, por alegados desvios de fundos e falsificação da identidade militar de alguns dos seus integrantes.
Tudo começou com a destituição do presidente da ASCOFA, que está na
direcção há mais de 17 anos, que não reúne o consenso da maioria dos
associados.
António Fernando “Samora” é acusado de crimes de apropriação de bens provenientes do Instituto de Reintegração Social dos Ex-Militares (IRSEM) para apoiar os antigos combatentes e respectivas famílias e o de apresentação de documentos e inserção de dados estatísticos falsos dos membros que integram a associação.
Fazem ainda parte da acusação a não apresentação de relatórios de prestação de contas referentes aos pagamentos das quotas desde a criação da associação, a 1 de Agosto de 2001, falsificação da conta bancária da associação, assim como de apropriação da dotação orçamental proveniente do Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria destinados ao pagamento de subsídios a ex-militares.
No início do mês de Fevereiro os membros da associação que contestam a liderança de António Fernando “Samora”, realizaram uma assembleia geral, que elegeu um novo presidente, tendo sido investido no cargo o oficial superior Caetano Marcolino.
Nesta altura, a direcção da associação está dividida em duas alas, muito embora a direção liderada por António Fernando Samora, não admita este cenário.
O vice presidente da direção destituída, Botelho Diogo, acusa os membros da outra ala, como sendo um grupo de amigos que não tem legitimidade para falar em nome da associação.