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Observadores internacionais tecem criticas e elogios ao processo eleitoral moçambicano


Goodluck Jonathan, ex-presidente da Nigeria, em Maputo, Moçambique
Goodluck Jonathan, ex-presidente da Nigeria, em Maputo, Moçambique

A União Africana (UA) critica o assassinato do observador Anastácio Matavel em pleno período de eleições.

O ponto foi apresentado, esta manha, em Maputo, pelo ex-estadista nigeriano Goodluck Jonathan, que liderou a missão da UA às eleições moçambicanas.

Matavel foi morto, em Gaza, faltando poucos dias para a votação de 15 deste mês, por agentes da polícia moçambicana.

O assassinato foi também mencionado por outro ex-estadista, John Dramani Mahama, do Gana, que disse haver a necessidade de Moçambique melhorar a postura profissional da polícia.

Na apresentação de relatórios preliminares, Mahama, chefe da missão de observação eleitoral do Instituto Eleitoral para a Democracia Sustentável em Africa (EISA), criticou a disponibilização tardia de fundos (pelo Estado) aos partidos políticos.

Por causa disso, disse, “os partidos pequenos foram prejudicados”.

Os dois ex-estadistas criticaram, entre outros pontos, a violência no processo eleitoral e a morosidade no processo de acreditação de observadores e na contagem de votos.

Ainda no tocante à violência, Mário Mandão, da missão da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, pediu às autoridades moçambicanas pleno esclarecimento de todos incidentes registados no processo eleitoral.

Para ele, nesta fase em que se aguarda a divulgação de resultados, os políticos deverão seguir o exemplo da população no modelo de civismo.

Poucas mulheres na política

Outra nota comum nos relatórios preliminares é a fraca inclusão da mulher na politica moçambicana.

A ministra da Defesa do Zimbabwe, Oppah Muchingiri, criticou o reduzido número de candidatas a governadora e nenhuma ao posto de Presidente da República.

Muchingiri, que representou a missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Asutral, disse que “o governo e partidos políticos devem ter programas para a promoção da mulher na politica”.

No geral, as três organizações elogiarem o processo eleitoral moçambicano e sublinharam algumas boas praticas, como a eleição directa de governadores e assembleias provinciais, o financiamento estatal de campanhas de partidos políticos e o voto na diáspora.

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