Uma equipa da União Europeia (UE) que observa as próximas eleições no Zimbabwe desmentiu, no sábado, uma notícia de um jornal estatal que alegava o seu envolvimento num escândalo de subornos.
Os eleitores do país da África Austral, dominado desde a independência, em 1980, pelo partido ZANU-PF, no poder, e sobrecarregado por uma longa história de irregularidades eleitorais , vão às urnas a 23 de agosto para eleger um Presidente, deputados e conselheiros do governo local.
Citando fontes não identificadas, o diário The Herald noticiou na sexta-feira que uma equipa de comunicação da UE se reuniu com 18 jornalistas e distribuiu uísque e vales de compras para "influenciar os jornalistas a fazerem afirmações estranhas que procuram manchar todo o processo eleitoral".
A missão de observação eleitoral da UE (MOE) "está surpreendida com as acusações difamatórias e maliciosas feitas num artigo publicado nos meios de comunicação locais do Zimbabwe", disse o chefe da delegação Fabio Massimo Castaldo.
"Estas alegações baseiam-se em rumores infundados e são totalmente falsas", declarou.
Castaldo descreveu tentativas anteriores de desacreditar a sua missão e concluiu que essas histórias eram "desinformação flagrante do público do Zimbabwe".
"Refletem um esforço contínuo para minar a MOE UE e a sua credibilidade", disse Castaldo, acrescentando que os seus observadores não participam em "actividades inadequadas".
A UE é uma das várias organizações estrangeiras convidadas a observar as tensas eleições.
Entre as outras organizações que acompanham o processo eleitoral contam-se a União Africana, a Commonwealth e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Doze candidatos estão a concorrer à Presidência, mas a competição é essencialmente uma corrida entre o Presidente Emmerson Mnangagwa, 80 anos, e Nelson Chamisa, 45 anos, num país assolado pela corrupção, inflação, pobreza e desemprego.
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