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Obama enfrenta forte oposição no novo Congresso


Mia Love, uma nova cara republicana no novo Congresso americano em 2015
Mia Love, uma nova cara republicana no novo Congresso americano em 2015

O que significará o controlo e uma maior influência republicana no Congresso para o presidente democrata? E para a capacidade de Washington de responder a questões como a imigração e desigualdade económica?

Após as férias do Natal passadas no Havai com a família, o presidente Obama enfrenta em Washington uma realidade politica completamente nova.

O novo líder da maioria no Senado, Mitch McConnell disse à cadeia de televisão CNN que o Senado vai votar uma série de medidas que não vão agradar ao presidente, como a proposta da construção da conduta petrolífera e a desregulamentação da indústria energética. McConnell notou a mudança na balança do poder dizendo que o presidente terá agora “que conversar connosco. Isso é bom porque quando o povo Americano elegeu um poder dividido entre os dois partidos, não quis dizer que não quer ver trabalho, nada feito. O que o povo americano quis dizer é que quer as coisas feitas no centro politico.”

Mia Love, uma das novas congressistas republicanas, diz que os legisladores vão ter que prestar maior atenção aos eleitores, e que ao contrário de “querermos que os Americanos voltem a confiar em nós…somos nós que temos que voltar a confiar no povo americano.”

No lado dos democratas, a senadora Elizabeth Warren discorda com a agenda republicana, defendendo que o Congresso precisa de se focar nas camadas desfavorecidas do país.

"Washington já trabalha bem a favor dos bilionários, das grandes corporações, dos advogados, das empresas de lobby. Mas e as famílias que perderam as suas casas, ou os seus empregos, ou as suas poupanças de reforma da última vez que o Citigroup apostou forte no mercado de derivados e perdeu? Fomos enviados para o Congresso para lutar por essas famílias. É altura de Washington começar a trabalhar por elas. Aliás já devia ter começado.”

O analista Stuart Rothenberg diz que Elizabeth Warren representa a crescente ala populista dentro do Partido Democrático que é “anti institucional, progressista.” E os seus apoiantes são parte do movimento que quer falar mais de “igualdade e justiça, de aumentar o salário mínimo” e que é agora uma força em ascensão dentro do Partido Democrático.

Mas em questões como imigração os republicanos estão mais divididos que os democratas. Rothenberg sustenta que “os republicanos sentem-se intimidados pela ala mais ideológica do partido, o Tea Party, pelo que talvez sejam mais responsáveis pela paralisia no Congresso.”

E enquanto fora do Capitólio as equipas de peritos prosseguem os trabalhos de restauro da bonita cúpula do edifício do Capitólio, alguns analistas dizem que os congressistas têm muito trabalho pela frente no restauro da confiança por parte dos eleitores e para encontrarem áreas comuns aos dois partidos.

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