O Programa Alimentar Mundial (PAM) que foi galardoado nesta sexta-feira, 9, com o Pémio Nobel da Paz pelos seus esforços no combate à fome e em promover a paz, foi fundado em 1961 a pedido do Presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower.
Começou, no entanto, apenas com uma experiência para se testar se a ONU teria capacidade de fornecer ajuda alimentar aos pontos mais distantes do planeta.
A primeira missão aconteceu no Irão em 1962, em zonas destruídas por um sismo.
Em 1965, ganhou estatuto permanente e é tida como a maior organização humanitária do mundo.
O PAM diz que em qualquer dia da semana tem 5.600 camiões, 30 navios e quase 100 aviões a transportarar alimentos ou outros tipos de ajuda. O ano passado prestou ajuda a 97 milhões de pessoas em 88 países, o maior número desde 2012.
Em 1989, a agência fez a maior entrega aérea da ajuda humanitária da história: vinte aviões de carga voaram três vezes por dia para transportar 1,5 milhões de toneladas de alimentos para o Sudão.
Na atualidade, está envolvida em seis operações de ajuda alimentar, na República Democrática do Congo, nordeste da Nigéria, Sahel, Sudão do Sul, Síria e Iémen.
O PAM é governado por uma comissão executiva de 36 membros, cujo diretor é por tradição dos Estados Unidos.
David Beasley, um político do Partido Republicano nomeado pelo Presidente Donald Trump, ocupa o cargo desde 2017.
O programa tem 90 mil funcionários, dos quais cerca de 90 por cento trabalham em países onde a organização fornece ajuda.
O PAM é financiado por doações voluntárias, principalmente de governos mas também de companhias e privados.
Em 2019, angariou oito mil milhões de dólares, dos quais 3.336 milhões dos Estados Unidos, que são há cerca de 30 anos os principais doadores da agência.
Até o passado dia 3, apenas neste ano, a contribuição americano tinha sido de 2.730 mihões de dólares
O Prémio Noel da Paz oferece ao galardoado um milhão de dólares, montante que pode não representar muito no orçamento da organização, mas certamente ajuda.
