O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, vai reunir amanhã, 14, no Vaticano, com o Papa Francisco.
Nyusi foi convidado por Francisco, líder da Igreja Católica, que tem sido importante intermediária na pacificação de Moçambique, com realce para o Acordo de Roma, de 1992, que marcou o fim da guerra civil de 16 anos.
Recentemente, a Igreja Católica ajudou na negociação da paz após a eclosão do conflito na sequência de desentendimento entre o governo e a oposição Renamo.
A ministra do Trabalho, Vitória Diogo, que acompanha Nyusi, disse que o estadista moçambicano leva uma mensagem de amizade e reconhecimento da Igreja Católica na pacificação.
“A grande mensagem é este compromisso com o processo de paz efectiva no pais, desenvolvimento e criação do bem-estar no seio dos moçambicanos e mundo inteiro”, disse Diogo.
Parafraseando Nyusi, Diogo disse que “a verdadeira paz é a que está dentro de cada um de nós e não apenas o calar das armas”.
Santo Egídio e diáspora
Em Roma, onde Nyusi é hoje esperado, vai também reunir com a Comunidade de Santo Egídio, também influente na pacificação de Moçambique, e activa em programas de prevenção da transmissão de HIV e tratamento de SIDA.
Durante a visita, os moçambicanos na Itália irão também apresentar as suas preocupações, que na voz do seu representante, Mateus da Silva, incluem a emissão de bilhetes de identidade e passaportes.
“A nossa batalha e prioridade é ter uma brigada fixa para tratar bilhetes e passaportes” num dos países europeus com mais moçambicanos – Portugal, Alemanha ou Itália – disse Silva.