O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa deslocou-se Maputo nesta segunda-feira, 14, onde se reuniu com seu homólogo Filipe Nyusi, com a questão da criminalidade na agenda.
Ramaphosa esteve acompanhado de três ministros da área de segurança, Defesa, Polícia e Segurança do Estado
No final do encontro, os dois estadistas não falaram à imprensa, mas produziram um comunicado horas depois.
O comunicado da Presidência moçambicana afirma que Nyusi e Ramaphosa "abordaram a situação de detenção na República da África do Sul de Manuel Chang, antigo ministro de Finanças de Moçambique por mandato da Interpol e do cidadão sul-africano Andrew Hannekon, indiciado pelas autoridades judiciárias moçambicanas de colaboração com os malfeitores que protagonizam ataques na região norte da província de Cabo Delgado", e que "observaram a necessidade de aguardar pelo curso normal da justiça e deixar as instituições competentes realizarem o seu trabalho no âmbito da separação de poderes".
Os dois líderes destacaram a existência de 70 acordos bilaterais e memorandos de entendimentos em vastas áreas, como energia, agricultura, arte e cultura, defesa e segurança, educação e ambiente, ciência, tecnologia, migração, turismo, comércio e investimento entre outras.
Nyusi e Ramaphosa sublinharam a necessidade de assegurar a implementação completa destes instrumentos legais para o benefício dos respectivos povos e países.
Em relação aos assuntos da regiao da SADC, felicitaram o Presidente eleito de Madagascar e o povo da República Democrática do Congo pelas recentes eleições pacíficas, e condenaram a fracassada tentativa de golpe de Estado no Gabão.
Nyusi também felicitou Pretória pela sua eleição para membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU. Os dois países são a favor da reforma deste organismo.