O activista angolano Nuno Álvaro Dala completou nesta quinta-feira, 31, 22 dias de greve de fome e diz que não a vai suspender mesmo após a condenação.
Para Dala, a greve não tinha por objectivo acelerar o julgamento, mas exigir a devolução dos seus bens apreendidos a 20 de Junho de 2015 na Vila Alice e na sua residência no município de Viana.
Na altura, segundo o activista, a polícia reteve dois telefones, sete cartões multicaixas com os seus devidos códigos, 37 mil kwanzas em dinheiro, documentos académicos, uma mochila, um computador portátil, uma impressora e muitos outros haveres que ficaram retidos na Cadeia do Caquila, onde esteve detido no início do processo.
Fontes próximas da cadeia onde se encontra, Nuno Dala não consegue ficar de pé e o estado físico é extremamente débil ao ponto de não ter conseguido assistir à audiência da leitura da sentença, em que foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão.
O activista tem sido alimentado com soro por médicos que o assistem regularmente.
Na passada sexta-feira, cerca de sete dezenas de pessoas participaram numa vigília em Luanda em solidariedade a Nuno Dala.