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Nunca houve tantos refugiados no mundo, denuncia o ACNUR


Há seis meses havia 68,5 milhões de pessoas refugiadas ou deslocadas

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelou que no final de 2017, 68,5 milhões de pessoas residiam, por força, fora da suas regiões de origem em todo o mundo.

A maioria é integrada por deslocados internos, dentro dos seus próprios países, mas 25,4 milhões deles como refugiados, que tiveram que buscar abrigo noutros países.

Este é o número mais elevado em sete décadas, desde a fundação do ACNUR.

A agência revelou que 2,9 milhões de pessoas tornaram-se refugiadas apenas em 2017, o maior número já registado num único ano.

Elas fizeram parte de um grupo de 16,2 milhões de deslocados que no ano passado tiveram que deixar tudo para trás para escapar de guerras, perseguições, crises políticas e económicas, desastres naturais e suas consequências.

O relatório anual Tendências Globais do ACNUR, divulgado na véspera do Dia Mundial dos Refugiados, que se assinala nesta quarta-feira, 20, mostra que em comparação à população mundial, uma em cada 110 pessoas encontra-se forçadamente fora das suas comunidades de origem.

Crises

Os números também indicam que 44,5 mil pessoas são forçadas a se deslocar diariamente, ou uma pessoa a cada dois segundos.

Entre os refugiados, a origem está concentrada em poucos países.

Pouco mais de um quinto deles são palestinos e, entre os demais, dois terços vêm de cinco países, todos afetados por conflitos: Síria (6,3 milhões), Afeganistão (2,6 milhões), Sudão do Sul (2,4 milhões), Mianmar (1,2 milhões) e Somália (986.400)

Quanto à recepção, também são poucos os países que acolhem os refugiados.

O que mais recebeu refugiados em 2017 foi Turquia, com 3,5 milhões, na sua grande maioria sírios.

Entretanto, em proporção à sua própria população, o Líbano lidera, uma vez que uma em cada seis pessoas no país actualmente é um refugiado.

O documento revela que no final de 2017, 3,1 milhões de pessoas aguardavam por resposta sobre pedidos de asilo ou refúgio em todo o mundo, cerca de metade delas em regiões em desenvolvimento.

A Voz da América em inglês fez um mapa que retrata a crise de refugiados de modo global

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