Diversos sites americanos “atiraram-se” esta manhã, 16, à rapper Nicki Minaj, por ter aceite participar no concerto Boas Festas Unitel, em Luanda, Angola.
O director da Human Rights Foundation, Thor Halvorssen, pediu a Minaj que cancele a performance em Angola e acusou-a de compactuar com um “ditador”, referindo-se ao Presidente José Eduardo dos Santos.
Halvorssen argumentou que ela vai actuar num país onde “os direitos humanos são violados constantemente, direitos dos jornalistas, dos activistas e de tantos outros que sejam contra a opressão do governo e sua intimidação”.
As duras palavras de Halvorssen foram escritas numa carta dirigida à cantora e publicada no website oficial da instituição.
Citado pela Billboard, o director da Human Rights Foundation alega que Nicki ainda está a tempo de cancelar o concerto, e mencionando o processo dos 15+2, recorda à cantora que entre os activistas em julgamento está um rapper, Luaty Beirão, e ela como uma artista independente deveria advogar pela sua libertação, em vez de “entreter o ditador e sua família de ladrões”.
Noutro site, o New York Daily News, na coluna Confindeti@l, a abertura é tão forte quanto o artigo da Billboard. O autor do artigo diz: “Nicki tem ‘bifes’ com Miley Cyrus, mas não tem nada contra ditadores”.
O Confindeti@l diz que a rapper vai actuar por “milhões” num país onde a democracia é questionada, indo mais longe e comparando Nicki a Mariah Carey.
O director para os Assuntos Africanos da Human Rights Foundation, Jeffrey Smith disse ao Confindeti@l: “Nicki Minaj está a seguir os passos de Mariah Carey, recebendo insensivelmente dinheiro de um ditador que está no poder há cerca de quatro décadas e que tem efectivamente e brutalmente oprimido a liberdade de expressão, estabelecendo um precedente horrível não só para Angola, como para toda a região”.
Minaj não reagiu até ao momento.