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Novo Presidente tanzaniano combate despesismo e corrupção


Presidente John Pombe Magafuli
Presidente John Pombe Magafuli

Magufuli limitou as viagens ao estrangeiro e reduziu a delegação tanzaniana à conferência da Commonwealth de 50 para quatro.

O novo Presidente da Tanzânia, John Magafuli, que tomou posse mês passado, é destaque na imprensa pelo seu empenho no combate aos gastos excessivos e corrupção.

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Os tanzanianos gostam da sua abordagem, o que não é novo na sua vida. Magufuli era conhecido como "bulldozer" por atitudes similares durante os 15 anos que passou como ministro das obras públicas.

“Estou feliz porque ele é o tipo de gente que quer tomar iniciativa e mostrar como as coisas devem ser feitas; é uma forma fantástica de mostrar a todos os tanzanianos o que precisam de fazer; o presidente está a dar o exemplo,” afirma o contabilista Gibbons Mwavukusi.

No seu primeiro dia de serviço, em Novembro, Magufuli fez uma visita surpresa ao ministério das finanças e puniu os funcionários que não se encontravam nos seus gabinetes.

Magufuli limitou as viagens ao estrangeiro de muitos membros do governo. Reduziu a delegação que participou na conferência da Commonwealth, em Malta, de 50 para quatro.

Cancelou as pomposas celebrações do dia da independência e ordenou que os fundos fossem usados para combater surto da cólera, que já fez cinco mil mortes.

Para celebrar o seu esforço, os tanzanianos criaram um hashtag no Twitter, com a designação #WhatWouldMagufuliDo.

Esta semana, fotografias de Magufuli limpando lixo nas ruas circularam nas redes sociais.

Na Tanzânia, há evidência de que no governo anterior, ministros desviaram aproximadamente 180 milhões de dólares americanos do banco central para contas fictícias.

Este mês, o presidente Magufuli suspendeu o Comissário Geral da Autoridade Tributária, sob suspeita de corrupção e fuga ao fisco, no Porto de Dar Es Salaam. O comissário e outros cinco funcionários estão agora detidos.

Abdulrahman Kinana, secretário-geral Chama Cha Mapinduzi, partido no poder, elogia a acção de Magafuli.

“Em pouco tempo, são notáveis os resultados da campanha contra a corrupção e fuga ao fisco que o presidente lidera, o que vai beneficiar a todos os envolvidos e ajudar a regular o sector,”diz Kinana.

Para Senkai Kilonzo, da ONG tanzaniana Policy Forum, Magafuli está a dar continuidade à sua postura de combate contra a corrupção. “Creio que agora tem a oportunidade de fazer mudanças”.

Contudo, sublinha Kilonzo, “um homem não pode fazer tudo sozinho, daí que penso que é já altura de todos afirmarmos que basta disto (corrupção) ”.

E analistas advertem que há desafios que devem ser ultrapassados. Um deles tem a ver com os salários baixos na função pública, que contribuem para a corrupção. Magafuli terá de trabalhar no assunto.

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