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Novo mandato de João Lourenço não reúne consenso mas alimenta expectativas


João Lourenço discursa na sua tomada de posse como Presidente de Angola.
João Lourenço discursa na sua tomada de posse como Presidente de Angola.

O novo mandato de João Lourenço não reúne consenso mas alimenta expectativas quanto à postura da sua governação. Para falar sobre o assunto, ouvimos Carlos Cambuta, Director Geral da ADRA, o economista Carlos Rosado de Carvalho e o jurista William Tonet.

O novo ciclo de governação do MPLA para mais cinco anos do segundo mandato de João Lourenço é apontado como sendo imprevisível e controverso, a julgar pela legitimidade questionada por muitos angolanos.

Novo mandato de João Lourenço não reúne consenso mas alimenta expectativas
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No seu discurso de investidura o actual inquilino da cidade alta prometeu mais investimentos nas Forças Armadas Angolanas, quer em meios como na melhoria dos salários dos efectivos, renovou o compromisso das medidas de prevenção e combate contra a corrupção e apontou a situação da juventude como estando no centro das atenções da sua governação durante o actual mandato.

Neste discurso, onde reiterou as promessas da campanha eleitoral, João
Lourenço escusou-se a falar das eleições autárquicas, um tema
fracturante e de interesse de todos os actores políticos.

Vários são os desafios colocados a este novo mandato, alguns dos quais
transitaram do mandato anterior, cujas soluções não foram alcançadas como era previsto, devido à falta de transparência que o partido no poder tem demonstrado nos últimos anos.

É igualmente consensual a ideia segundo a qual no novo mandato de João Lourenço é desafiado a manter o dinamismo da governação anterior ou corrigir os aspectos nucleares em que se notam fragilidades ou ineficiências nas políticas até agora implementadas.

Para o Director Geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente o combate a pobreza deve estar entre as prioridades mais elevadas do novo governo. Carlos Cambuta destaca igualmente a necessidade de eleições autárquicas para a partilha de poder e de responsabilidades.

William Tonet levanta a questão da pobreza, questionando a capacidade do governo de não "ver as crianças pobres no lixo" e Carlos Rosado de Carvalho bate na tecla da dependência da economia angolana no "abono de família" chamado petróleo.

Deputados angolanos falam das suas expectativas para a próxima legislatura
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