Em Moçambique, um novo ataque de homens armados da Renamo fez este sabado 13, um morto e um ferido no distrito de Barue, numa zona não distante onde o Presidente da República efectuava uma visita e onde na sexta-feira dois veículos de jornalistas foram alvejados a tiros.
O ataque visou uma carrinha de transporte de passageiros, contaram a VOA testemunhas, que garantiram ter “havido vários feridos”, contudo que foram socorridos pelas forças de defesa e segurança que faziam a escolta das viaturas no troço.
A emboscada ocorreu no fim da tarde, quando a coluna de viaturas era escoltada pelo exército de Catandica para Vanduzi. Algumas horas após o incidente, vários jornalistas que cobrem a presidencia aberta em Manica testemunharam a passagem pela sede em Vanduzi, de uma viatura da saude, com um corpo e um ferido.
Na sexta-feira dois veículos que transportavam um grupo de oito jornalistas, destacados para cobrir a visita do Presidente moçambicano à província de Manica, foram atingidos a tiro numa zona próxima ao ataque de hoje.
O ataque não provocou feridos e o Presidente da República, Filipe Nyusi, não circulava naquela coluna, tendo viajado mais cedo por meio aéreo para o distrito de Mossurize, onde era esperado para o início da sua visita à província de Manica, a partir deste sábado 13.
O Presidente moçambicano Filipe Nyusi visitou Vanduzi no sábado, de onde partem as colunas de viaturas de escolta obrigatória do exército no troço de 270 quilometros na da N7.
“O Governo faz as colunas para proteger a população” disse Filipe Nyusi durante o comício popular, e lamentou os transtornos que a situação tem causado aos moçambicanos, sublinhando que “a confusão só esta a atrasar a vida”.
Antes de Vanduzi, Filipe Nyusi cumpriu outra visita ao distrito de Macossa, não distante da Gorongosa, onde se supõe esteja refugiado o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
A instabilidade militar tem marcado nos últimos meses a região centro de Moçambique, com relatos de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, condicionou recentemente o encontro ao alto nível um cessar fogo imediato na região centro e norte de Moçambique, mas o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, descartou essa possibilidade na semana passada, defendendo que intensificaram ataques às suas posições.
A Renamo recusa-se a aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ganhas oficialmente pela Frelimo, e exige governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.