No início do no ano, Angola continua a ser marcado por antigos problemas sociais, dizem analistas.
Eles alertam para o agravamento do sector social que reclama uma intervenção estratégica das autoridades, sob pena dos angolanos viverem dias mais difíceis.
A criação de mais postos de trabalho e e a melhoria das condições dos trabalhadores é urgente para minimizar a situação precária por que passa a população.
No arranque do ano, o sector social é o que reclama mais atenção, dado ao facto da crise estar a atingir contornos insustentáveis, com a população empregada a perder o poder de compra e a taxa de desemprego em Angola a aumentar para 30,7%.
Os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística reportam-se ao terceiro trimestre de 2019 e dão conta que na globalidade os jovens são os mais afectados, numa ordem numérica que ultrapassa a cifra de quatro milhões de pessoas.
Analistas argumentam que uma maior fatia no Orçamento Geral do Estado para 2020 devia ser cabimentada ao sector social, onde o Governo deve tomar medidas urgentes sob pena da situação piorar.
A atenção ao Executivo é chamada pelo Filósofo e docente universitário Albino Pakissi, para quem “se o Governo não for capaz de conter as dificuldades sociais, o país vai conhecer “um futuro negro” para população.
“O futuro que se avizinha naturalmente para a população será muito negro. A fome não tem paciência. Estamos num momento em que a situação é difícil, mas as reformas têm que ser feitas e nisto o Governo não pode recuar. Precisa é encontrar formas para que a população não se sinta asfixiada”, defende.
Em consequência da situação económica de Angola, muitas empresas encerraram as suas portas em 2019, tendo colocado no desemprego centenas de pessoas.
Entre Julho e Setembro do ano passado, 212.670 pessoas ficaram desempregadas. No período em referencia, a população economicamente não activa com 15 ou mais anos de idade foi estimada em 2.089.270, dos quais 889.655 são homens e 1.199.614 são mulheres.
O Instituto Nacional de Estatística revelou, num estudo publicado no final do ano passado, que a taxa de inactividade apresenta os valores mais elevados no grupo etário dos jovens entre os 15 e os 24 anos, representando 23,1% e no grupo etário da população com 65 ou mais anos idade com 39,7%.
Das 4.150.676 pessoas desempregadas em Angola, maioritariamente são jovens do sexo feminino.
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