O Governo da Noruega vai apoiar Moçambique na realização da auditoria internacional às dívidas ocultas, como imposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros parceiros para retomar a cooperação financeira com o país.
O anúncio foi feito esta segunda-feira, 31, em Maputo pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação daquele país europeu, Borge Brende, no final de um encontro com o Presidente da República Filipe Nyusi.
A questão das dívidas ocultas continuam a preocupar o Governo moçambicano que assumiu oficialmente não ter capacidade financeira para pagar as próximas prestações junto das entidades credoras.
Em consequência, o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, assegurou que o Governo vai renegociar a estruturação das mesmas.
Alguns dos parceiros do país como o Fundo Monetário Internacional exigem a realização de uma auditoria internacional independente, sendo que o Governo diz já estão a ser dados passos nesse sentido como a contratação pela Procuradoria Geral da República, através de um concurso público, de um auditor internacional independente.
"A nossa mensagem é muito forte e vamos apoiar os esforços do Governo em termos da auditoria que está a ser feita quanto à questão das garantias que foram dadas pelo Estado e estamos dispostos a apoiar numa altura em que o país está abraços com o processo de paz e reconciliação nacional", garantiu Borge Brende.
A divida, estimada em aproximadamente mil e 400 milhões de dólares, foi contraída a favor da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum), Mozambique Assets Management (MAM) e a Proindicus, à revelia de instituições como a Assembleia da República, cuja Comissão Parlamentar de Inquérito deverá apresentar o relatório final até 31 de Novembro próximo.