A recente visita do presidente da república ao município petrolífero do Soyo, na província do Zaire, deixou enfurecidos activistas, políticos e cidadãos daquela região, que esperavam avistar-se com João Lourenço que na ocasião visitou a base da Marinha de Guerra local, para lhe apresentar as grandes preocupações da população mas não foi possível.
O governo do Zaire referiu que o único ponto da agenda do presidente foi a sede da Marinha de guerra no Soyo.
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João Lourenço apenas visitou a base da Marinha de Guerra local e regressou a Luanda. Isto deixou enfurecido alguns nativos que gostariam de se avistar com o presidente e apresentar os principais problemas que afectam o município petrolífero do Zaire.
"O presidente veio para aqui mas a sua segurança não permitiu que as pessoas estivessem com ele, não sei se tinha desconfiança das pessoas do Soyo, os que estavam lá naquele evento foram apenas militares e elementos da segurança muitos de nós não tivemos a oportunidade de ver pessoalmente o presidente", disse o representante do Bloco Democrático naquela região que se identifiocu apenas como .Senhor Matica.
"O município não tem condições em todas as áreas, posso dizer que são péssimas, a educação está mal, a saúde já nem se fala, o desemprego é a principal dificuldade deste povo, sobretudo os jovens, aqui do Soyo”, disse.
“Aqui quem consegue emprego são os estrangeiros, os natos daqui só conseguem biscatos, aquela palavra de conforto do senhor presidente em melhorar o que está bem e corrigir o que está mal aqui é o contrário, o que estava normal estragou e piorou o que estava mal aqui", disse
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O jovem que se identificou apenas por Dadão diz já ter perdido a esperança, eaguardava apenas que pudesse contar ao presidente
como está o Soyo.
"Eu ja sei que as coisas aqui não vão melhorar pra quê só que vou martelar a minha cabeça! Aqui ja não vai haver melhoria nenhuma, as promessas vêm de longa data, nunca mudou e não vai mudar", disse
O activista do Soyo Raul Paulo conta que nem o próprio Rei do povo do Soyo foi permitido esperar no aeroporto o presidente..
"Na recepção do presidente nem sequer o rei do povo do Soyo foi permitido estar no aeroporto, o executivo local e a segurança do presidente retiraram o Rei do povo que é o dono da terra, um presidente que nem se quer o espírito de pertença tem só faz sofrer o povo, usa todo tipo de maldade contra este povo", disse
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A VOA conversou com o porta-voz do governo do Zaire que disse que a agenda do presidente não é da competência do governo local e nela não constava nenhum encontro com membros da sociedade civil, nem com outros cidadãos.
Ernesto Lencastre o responsável pela comunicação do
governo do Zaire garantiu igualmente que muitos cidadãos elevaram demasiado a expectativa mas a agenda do presidente no Soyo naquele dia tinha apenas um único ponto nas instalações da Marinha de Guerra local.
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