O peixe que faz parte da dieta das comunidades da província do Namibe escasseou nos últimos dias, causando transtornos no seio das famílias.
As fortes calemas e a falta de material de reposição de pesca, como anzóis, redes e outros, jogam contra os pescadores que nos últimos dias vão e regressam do mar de mãos vazias.
As mulheres zungueiras, que pela natureza da sua vulnerabilidade vivem de “kilapi” ou seja recebem peixe dos armadores e depois das vendas reembolsam o valor do pescado e os pequenos lucros sustentam as suas famílias, fazem parte da franja atingida por esta nova realidade.
Em função do momento menos bom por que os pescadores passam, um peixe carapau está a ser vendido ao preço de 100 kwanzas, contra três peixes vendidos anteriormente ao mesmo preço.
O mesmo passa-se com a espécie do peixe “cachuchu”, comercializado ao preço de 50 kwanzas, contra três vendidos ao mesmo preço nos últimos dias.
A VOA percorreu a marginal e foi ao porto pesqueiro do Namibe, onde ouviu dos pescadores das principais causas que podem estar por detrás da subida galopante do preço de pescado na província.
Estes queixaram-se da escassez e preços de material necessário para a faina.
Ouça a reportagem com as entrevistas aqui: