Só 16 países africanos têm as suas contas em dia e isso afecta a possibilidade de se conhecer a estrutura económica dos países africanos, disse em Luanda o economista guineense Carlos Lopes.
Falando ma capital angolana o economista disse que apenas 60% dos africanos têm registo civil e isso leva a que milhões de pessoas vivam totalmente ea obscuridade sem qualquer transacção formal, acrescentando que só 1% das terras estão registadas nos cadastros oficiais.
“Se nós não conhecemos a terra, não conhecemos as pessoas e não conhecemos as economistas o que é que conhecemos?” interrogou o economista para quem devido a isso são feitas propostas de transformação na base de politica fiscal e monetária.
“Isso são as coisas que o FMI conhece melhor do que nós mas não se pode transformar um país na base a política fiscal e monetária”, acrescentou afirmando que devido a isso os países estão num “colete de forças” de políticas que vão satisfazer as percepções de estabilidade.
Carlos Lopes fez notar que em África muitos poucos pagam impostos e que se os paises africanos conseguissem cobrar apenas 1% mais de impostos , isso“é mais a nível continental do que a totalidade da ajuda que a África recebe do exterior”.
“O total da ajuda que se recebe é menos de 1% dos nossos impostos”, afirmou.
Para falar sobre o assunto,ouvimos para além do economista Carlos Lopes, o engenheiro Fernando Pacheco, Adalberto Costa Júnior da UNITA e Pedro Pires, antigo presidente da Cabo Verde.