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Nikki Haley abandona corrida à Presidência dos Estados Unidos


Nikki Haley anuncia abandono da corrida à Casa Branca, Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos, 6 marco 2024
Nikki Haley anuncia abandono da corrida à Casa Branca, Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos, 6 marco 2024

Sem manifestar apoio a Donald Trump, candidato republicano, ela desfiou o antigo Presidente a conquistar seus seguidores

A pré-candidata republicana à Presidência dos Estados Unidos Nikki Haley anunciou nesta quarta-feira, 6, o seu abandono da corrida pela indicação do Partido Republicano, depois de ter perdido em 14 dos 15 Estados que foram a votos na chamda Super-Terça, ontem.

Com esta decisão, Donald Trump será o candidato republicano que vai a votos a 5 de novembro contra o democrata Joe Biden.

No seu discurso na Carolina do Sul, ela não declarou o seu apoio a Trump, mas preferiu encorajar o ex-Presidente a procurar o apoio da coligação de republicanos moderados e de eleitores independentes que estavam com a sua candidatura.

"Cabe agora a Donald Trump ganhar os votos daqueles do nosso partido e de outros que não o apoiaram. E espero que ele faça isso", disse a ex-governadora.

Haley diz que "causa conservadora precisa urgentemente de mais pessoas"

Haley considerou que na melhor das hipóteses, a política consiste em trazer as pessoas para as suas causas, e não em rejeitá-las.

"E, por isso, a nossa causa conservadora precisa urgentemente de mais pessoas", acrescentou Haley, quem afirmou não se arrepender de ter concorrido à presidência, mas assegurou que continuará a falar abertamente sobre assuntos públicos, observando imediatamente que é “um imperativo moral” que o Congresso aprove mais ajuda para Israel, Ucrânia e Taiwan.

Nikki Haley sai da corrida presidencial de 2024 depois de fazer história como a primeira mulher a vencer uma disputa nas primárias republicanas, ao derrotar Trump no Distrito de Colúmbia, no domingo, 3, e em Vermont, ontem.

Trump e Biden reagem

Depois do anúncio, Donald Trump Trump, na sua rede social escreveu que “Nikki Haley foi derrotada ontem à noite, de forma recorde, apesar do fato de que os democratas, por razões desconhecidas, podem votar em Vermont e em várias outras primárias republicanas”.

Por seu lado, Joe Biden afirmou em comunicado que “Donald Trump deixou claro que não quer os apoiadores de Nikki Haley. Quero ser claro: há um lugar para eles na minha campanha".

“Eu sei que há muitas coisas em que não concordaremos. Mas nas questões fundamentais da preservação da democracia americana, da defesa do Estado de direito, do tratamento mútuo com decência, dignidade e respeito, da preservação da NATO e da defesa dos adversários da América, espero e acredito que possamos encontrar um terreno comum", concluiu o Presidente e candidato democrata.

Carreira

Antigo governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley, de 51 anos, começou a corrida com poucas perspetivas de avançar, mas aos poucos conquistou a simpatia de parte dos republicanos, o que lhe permitiu subir nas pesquisas e arrecadar fundos.

Com posições mais moderadas, especialmente em temas sociais como aborto, ela acena ao eleitorado republicano que não tolera o radicalismo de Trump e aos independentes.

Com a saída do ex-governador da Flórida Ron DeSantis em janeiro, ela se tornou a única rival do antigo Presidente.

Filha de dois imigrantes da Índia que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul, formou-se em contabilidade na Clemson University em 1994 e ajudou a expandir o negócio dos pais.

Mais tarde, Halley assumiu cargos de liderança em diversas organizações empresariais antes de conquistar uma cadeira na legislatura da Carolina do Sul em 2004.

Ela é casada com um militar com quem tem dois filhos.

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