Os governadores estão reunidos com o presidente Jonathan Goodluck para tentar encontrar uma resposta à crescente crise de segurança no país.
O governo diz que pelo menos 190 continuam desaparecidas. As dezenas que estão já em liberdade conseguiram fugir por seus próprios meios, através da floresta.
As raparigas que continuam cativas devem estar em zonas recônditas da floresta Sambisa, no estado de Borno, onde se acredita que os militantes islamitas do Boko Haram se escondem. Populações locais dizem saber mais ou menos onde as raparigas se encontram, mas dizem que não elas próprias como sobreviver naquela floresta caso as quisessem salvar.
Embora até ao momento ninguém tenha reivindicado responsabilidade pelos raptos, acredita-se que o Boko Haram as tem sequestradas para servirem de espias, serventes e escravas sexuais.
Aishatu Ngulde, uma activista dos direitos humanos do norte nigeriano sustenta que o fracasso do governo em localizar as raparigas equivale a ser cúmplice num crime.
"Está a dizer-me que a floresta no estado de Borno é tao densa que nenhum avião pode ver o que se passa no terreno? Porque não o está a fazer no estado de Borno? Levaram as nossas crianças. Somos todas mães. Pergunto se fosse a filha de Jonathan que tivesse sido raptada, o pais ficaria parado? A dormir? Claro que não.
As autoridades dizem que as forças de segurança estão a usar todos os meios à sua disposição para salvar as raparigas.
Yan St-Pierre, presidente da firma de segurança MOSECON, sediada em Berlim, diz que se os militares nigerianos lançassem um ataque directo na floresta para resgatar as jovens, poderiam matar mais raparigas do que as que salvavam.
"As florestas ali são de facto muito densas, e a geografia e todos os outros elementos tornariam muito difícil preparar uma operação da forma como o exército nigeriano quer conduzir. Assim, um assalto em larga escala - que faria bem à imagem do exército e mostrava o seu poderio -não é viável. Acabaria com mais baixas entre civis do que entre os combatentes do Boko Haram.
Os militares nigerianos têm estado silenciosos nos últimos dias, depois de inicialmente terem referido a libertação da maior parte das raparigas.
St. Pierre diz que uma operação de socorro e resgate faria imenso pela imagem das forças de segurança da Nigéria, mas que iria exigir a criação de canais próprios para as negociações acompanhadas de operações muito precisas.
Desde há cinco anos que a Nigéria está envolvida numa insurreição levada a cabo pelo grupo Boko Haram e três estados do Norte vivem sob o estado de emergência há um ano.
O Boko Haram tem sido responsabilizado por milhares de ataques mortais a igrejas, mesquitas, escolas, mercados, e instalações governamentais e recentemente a um terminal de autocarros na capital, em que foram mortas 75 pessoas.
E a situação apenas se agrava. Os grupos dos direitos humanos indicam que mil e 500 pessoas foram mortas nos primeiros três meses do ano. Há semanas em que há ataques todos os dias. Alguns deles nem são já noticiados ou mencionados.
Apesar do caos, as activistas dizem que as raparigas não serão esquecidas e que se for preciso se organizam e protestam.
O governo diz que pelo menos 190 continuam desaparecidas. As dezenas que estão já em liberdade conseguiram fugir por seus próprios meios, através da floresta.
As raparigas que continuam cativas devem estar em zonas recônditas da floresta Sambisa, no estado de Borno, onde se acredita que os militantes islamitas do Boko Haram se escondem. Populações locais dizem saber mais ou menos onde as raparigas se encontram, mas dizem que não elas próprias como sobreviver naquela floresta caso as quisessem salvar.
Embora até ao momento ninguém tenha reivindicado responsabilidade pelos raptos, acredita-se que o Boko Haram as tem sequestradas para servirem de espias, serventes e escravas sexuais.
Aishatu Ngulde, uma activista dos direitos humanos do norte nigeriano sustenta que o fracasso do governo em localizar as raparigas equivale a ser cúmplice num crime.
"Está a dizer-me que a floresta no estado de Borno é tao densa que nenhum avião pode ver o que se passa no terreno? Porque não o está a fazer no estado de Borno? Levaram as nossas crianças. Somos todas mães. Pergunto se fosse a filha de Jonathan que tivesse sido raptada, o pais ficaria parado? A dormir? Claro que não.
As autoridades dizem que as forças de segurança estão a usar todos os meios à sua disposição para salvar as raparigas.
Yan St-Pierre, presidente da firma de segurança MOSECON, sediada em Berlim, diz que se os militares nigerianos lançassem um ataque directo na floresta para resgatar as jovens, poderiam matar mais raparigas do que as que salvavam.
"As florestas ali são de facto muito densas, e a geografia e todos os outros elementos tornariam muito difícil preparar uma operação da forma como o exército nigeriano quer conduzir. Assim, um assalto em larga escala - que faria bem à imagem do exército e mostrava o seu poderio -não é viável. Acabaria com mais baixas entre civis do que entre os combatentes do Boko Haram.
Os militares nigerianos têm estado silenciosos nos últimos dias, depois de inicialmente terem referido a libertação da maior parte das raparigas.
St. Pierre diz que uma operação de socorro e resgate faria imenso pela imagem das forças de segurança da Nigéria, mas que iria exigir a criação de canais próprios para as negociações acompanhadas de operações muito precisas.
Desde há cinco anos que a Nigéria está envolvida numa insurreição levada a cabo pelo grupo Boko Haram e três estados do Norte vivem sob o estado de emergência há um ano.
O Boko Haram tem sido responsabilizado por milhares de ataques mortais a igrejas, mesquitas, escolas, mercados, e instalações governamentais e recentemente a um terminal de autocarros na capital, em que foram mortas 75 pessoas.
E a situação apenas se agrava. Os grupos dos direitos humanos indicam que mil e 500 pessoas foram mortas nos primeiros três meses do ano. Há semanas em que há ataques todos os dias. Alguns deles nem são já noticiados ou mencionados.
Apesar do caos, as activistas dizem que as raparigas não serão esquecidas e que se for preciso se organizam e protestam.