O Tribunal de Cassação da França rejeitou, nesta quarta-feira, 18, os recursos apresentados pelo anterior Presidente da República, Nicolas Sarkozy, que confirmaram a sentença que o condenou a uma pena de três de prisão, sendo dois deles de pena suspensa e um ano sob vigilância eletrónica, por corrupção e tráfico de influências.
Além disso, ele fica impedido de concorrer a cargos públicos durante três anos.
A decisão sobre este caso, também conhecido por "Bismuth", surge semanas antes de o antigo chefe de Estado francês comparecer a um tribunal, em Paris, a 6 de janeiro, para responder a um processo por suspeita de financiamento iclícito da sua campanha presidencial de 2007.
A defesa de Sarkozy já anunciou que vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
“Nicolas Sarkozy cumprirá obviamente a sanção pronunciada, que é agora definitiva, mas vai recorrer para o Tribunal Europeu nas próximas semanas, como tem agora o direito de fazer, para obter a garantia dos direitos que os juízes franceses lhe negaram”, disse o seu advogado Patrice Spinosi.
O antigo Presidente foi condenado em primeira instância a 1 de março de 2021 e, em seguida, em recurso a 17 de maio de 2023 por ter celebrado, em 2014, um "pacto de corrupção" com Gilbert Azibert, juiz de primeira instância do Tribunal de Cassação, juntamente com o seu advogado, Thierry Herzog.
Este pacto foi feito em troca de um "incentivo" prometido a Gilbert Azibert para um cargo honorário no Mónaco, com os três envolvidos a receberem a mesma pena e o advogado a ser proibido de usar a toga durante três anos.
C/AFP
Fórum