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Nervosismo no Brasil com implicações comerciais da eleição de Donald Trump


A vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode refletir negativamente no Brasil no que se refere à relação comercial e financeira entre os dois países.

Nervosismo no Brasil com implicações comerciais da eleição de Donald Trump
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O dólar pode ficar menos valorizado frente ao Real e impactar diretamente as exportações brasileiras. Essa é a opinião do professor de Relações Internacionais, Jorge Lasmar.

“Certamente o primeiro reflexo mais imediato se dá no mercado financeiro. As bolsas de valores já estão completamente instáveis por conta da vitória dele. É bem provável que o preço do dólar desça um pouco, o que diretamente impacta nas exportações brasileiras. Como Donald Trump também é republicano, tradicionalmente tem uma política mais protecionista. Isso deve afetar um pouco o comércio do Brasil com os Estados Unidos”, disse.

O especialista entende que a vitória de Trump poderá impor barreiras na venda de determinados produtos brasileiros para os Estados Unidos, principalmente os agrícolas.

“Quando falamos em mercado protecionista falamos de barreiras ao comércio. Essas barreiras se dão tanto pela cobrança de impostos de importação mais alto quanto de limitações, por exemplo, ao número de produtos que entram no país. No caso do Brasil, temos vários produtos que são exportados para os Estados Unidos. Por exemplo, a laranja, a gasolina e o algodão são alguns desses produtos. E já estão encontrando algumas dificuldades nesse comércio com os Estados Unidos. Acredito que com o governo Trump a tendência seja piorar e aumentar os conflitos em torno da exportação desses produtos, principalmente os agrícolas”, ressaltou.

Apesar da polêmica postura adotada pelo candidato republicano nas eleições, com falas ríspidas e diretas a determinados públicos, ao discursar após a vitória, Trump adotou um tom mais cauteloso. Para Jorge Lasmar, é um sinal de que o novo presidente talvez seja mais flexível ao governar para todos.

“O que traz um certo conforto é que em seu discurso pós-vitória adotou um tom mais brando e disse que vai fazer um governo para todos os americanos e com todos os países que estiverem dispostos a negociar com os Estados Unidos. Agora é esperar para ver se aquilo foi apenas uma ameaça da campanha ou se ele realmente vai adotar essas posturas mais duras”, concluiu.

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