Autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de dispararem tiros de artilharia nos subúrbios da capital, Kyiv, na segunda-feira, 14, enquanto delegações dos dois países realizavam uma quarta ronda de negociações sem sinais de avanço.
As conversas, que ocorrem por videoconferência e não na vizinha Bielorrússia, como no passado, foram interrompidas durante o dia, mas devem ser retomadas na terça-feira, 15.
"A comunicação está a ser mantida, mas é difícil", escreveu no Twitter o negociador ucraniano Mykhailo Podolyak que, no domingo, afirmou que a Rússia começou a falar "construtivamente".
Autoridades em Kyiv dizem que pelo menos uma pessoa morreu quando um projéctil atingiu um prédio residencial de nove andares num distrito ao norte da cidade na segunda-feira.
As mesmas fontes acrescentaram que as forças russas também atingiram uma fábrica de aviões na capital, provocando um grande incêndio.
Corredores funcionam
Entretanto, cerca de 150 mil pessoas conseguiram fugir de regiões bombardeadas desde o início da invasão russa na Ucrânia graças aos corredores humanitários.
"Organizámos 26 corredores humanitários e, desta forma, os autocarros puderam evacuar um grande número de pessoas e podemos dizer que foram cerca de 150 mil pessoas", indicou o adjunto da administração presidencial ucraniana, Kyrylo Timochenko.
Os corredores foram instalados nas regiões de Kiev, Soumy, a 350 quilómetros da capital, Kharkiv, no nordeste do país, e Zaporojie, a este, precisou Timochenko.
Nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, os corredores permitiram ajudar os civis a fugir aos combates, assegurou.