O Governo cabo-verdiano confirmou hoje, 14, que um navio chinês proveniente da Serra Leoa está de quarentena ao largo de São Vicente, como medida de prevenção por causa do vírus do ébola.
Em entrevista à VOA o director-geral de Saúde António Pedro Delgado garante não haver nenhum caso suspeito de ébola e diz que o navio aguarda os 21 dias de prevenção para entrar nos estaleiros navais de São Vicente para reparação.
O navio com 15 tripulantes, dos quais 10 chineses e cinco cidadãos da Serra Leoa, tinha por destino os estaleiros navais da Cabnave em São Vicente, mas por ter saído de um porto da Serra Leoa foi colocado em quarentena até o dia 21 de Agosto.
António Pedro Delgado garantiu que nenhum dos tripulantes apresenta qualquer sintoma da doença.
Questionado se o país tem condições para tratar eventuais casos de ébola, Delgado respondeu que sim, mas continua a formação de pessoal que, de uma forma ou outra, poderá entrar em contacto com eventuais infectados, e o equipamento dos hospitais.
Hoje a ministra da Saúde Cristina Fontes Lima descartou o encerramento das fronteiras devido à ameaça regional do ébola.
O director-geral da Saúde António Pedro Delgado lembrou que Cabo Verde é um país de emigrantes e depende em grande parte do turismo, por isso em vez de fechar fronteiras, "a opção é apostar na prevenção e na informação tanto da população como dos estrangeiros que pretendem viajar para o arquipélago".