Os líderes da NATO estão reunidos nesta quinta-feira, 24, em Bruxelas para definir uma resposta a curto e a longo prazo à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na cimeira, devem ouvir um apelo directo do Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy por mais ajuda.
Antes da reunião, Zelenskyy usou uma mensagem de vídeo, em inglês, para pedir aos membros da aliança atlântica o apoio "efectivo e irrestrito", incluindo armas para as forças ucranianas.
Ele também apelou a pessoas de todo o mundo para realizarem protestos públicos contra a invasão russa.
O Presidente americano Joe Biden participa na reunião, bem como na cimeira do G7, o grupo das economias mais avançadas do mundo, e no Conselho Europeu.
O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse que o objectivo geral é ouvir que "a determinação e a unidade que vimos no mês passado durarão o tempo que for necessário".
Sullivan acrescenta que este posicionamento passa por países que cumprem os compromissos de fornecer equipamentos militares à Ucrânia, fazer cumprir as sanções existentes contra a Rússia e procurar maneiras de aumentar a ajuda humanitária para os afectados pelos combates.
Ainda hoje, Joe Biden deve anunciar novas sanções contra figuras políticas russas, oligarcas e outras entidades.
O Governo da Grã-Bretanha já anunciou um novo pacote de sanções que inclui o congelamento dos activos do Gazprombank, o principal meio para pagamentos de petróleo e gás, bem como do Alfa Bank, um dos principais credores privados da Rússia.
O magnata do petróleo Evgeny Shvidler, o presidente do Sberbank German Gref e Polina Kovaleva, enteada do ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, estão numa lista de indivíduos alvos de sanções.
Crimes de guerra
O secretário de Estado americano acusou ontem as forças russas de cometeram crimes de guerra na Ucrânia e garantiu que os Estados Unidos vão trabalhar para responsabilizar a Rússia.
“Vimos inúmeros relatos confiáveis de ataques indiscriminados e ataques deliberadamente dirigidos a civis, bem como outras atrocidades”, disse Antony Blinken, nesta quarta-feira, 23, em Bruxelas, acrescentando que muitos dos prédios de apartamentos, escolas, hospitais e outras infraestruturas atingidas “foram claramente identificados sabendo que havia civis".
O chefe da diplomacia americana disse que esta “avaliação” teve por base uma revisão cuidadosa das informações públicas e de inteligência recolhidas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há exactamente um mês, a 24 de Fevereiro.