Em Moçambique, a 14 dias do fim da campanha para as eleições de 15 de Outubro, actos de violência têm caracterizado o ambiente em Nampula.
Tudo começou no passado dia 25 de Setembro durante as cerimónias centrais de deposição de coroas de flores na praça dos heróis com um confronto directo entre os membros do MDM e Frelimo.
Os incidentes foram originados quando simpatizantes do MDM carregando um caixão do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi e cantando canções anti-Frelimo marcharam para a Praça dos Heróis em Nampula.
Esta situação resultou em escaramuças entre apoiantes da Frelimo e MDM, com apoiantes da Frelimo a tentarem remover as fotos de Nyusi do caixão.
Em seguida, a polícia de choque usou gás lacrimogéneo, o que levou ao término da cerimónia.
Ficaram feridas seis pessoas, sendo quatro do MDM, uma menor e um agente da PRM ferido na cabeça. Na ocasião foram detidos dois membros do MDM.
No dia seguinte, a polícia deteve oito membros da PRM acusados de terem morto um agente da polícia durante os incidentes do dia anterior. Os mesmos denunciaram à VOA actos de violação.
Alberto Waferro e Lino Alberto contam que foram espancados com recurso a catana pela polícia e colocados numa cela junto de perigosos cadastrados onde foram obrigados a manter relações sexuais.
Entretanto, a policia negou estar a trabalhar ao serviço da Frelimo neste caso e nega ter detidos oito membros do MDM durante a noite da passada sexta-feira.
Desde que arrancou a campanha eleitoral nenhum membro da Frelimo foi detido em consequência de actos eleitorais ilícitos em que estão envolvidos principalmente membros do MDM e da Renamo.
Nampula deverá eleger 47 deputados para a Assembleia Nacional.