Os munícipes da cidade de Nampula aguardam a validação dos resultados pelo Conselho Constitucional e o retorno às urnas para a escolha do presidente da autarquia.
Alguns analistas dizem que continua a incerteza sobre a realização da segunda volta.
O Centro de Integridade Pública (CIP) publicou recentemente um documento no qual diz que o processo pode estar comprometido devido à não actualização dos cadernos eleitorais.
Diz igualmente que o Conselho Constitucional poderá rejeitar os resultados da votação intercalar de Nampula devido à elevada abstenção.
O jurista Batista Isseque recorda que caso não se realize a segunda volta mantém-se a interinidade.
Aquele jurista afirmou que a lei é clara quando prevê a realização da segunda volta e os órgãos competentes deviam, antes de marcar a última votação intercalar, perceber a proximidade do recenseamento e das eleições autárquicas de 2018.
Ele adianta ainda que caso não seja realizada a segunda volta, os munícipes da cidade de Nampula vão sentir-se enganados.
Neste momento, os munícipes debatem-se com problemas de lixo, erosão, ocupação de passeios para comércio informal e mau funcionamento de transportes públicos.
"O MDM, que actualmente governa a cidade, está sem esperanças de voltar a governar, isso foi provado na eleição intercalar, porque não conseguiu os votos necessários, daí que podem esvaziar os cofres do município", advertiu Isseque.