Mais de dois mil trabalhadores despedidos de empresas do setor das pescas do Grupo “AST”,no Município do Tombwa, dizem que aguardam ha mais de seis meses pelas suas indemnizações.
Adília Braz, que trabalhava para a empresa Nova Vida do grupo AST, disse que a empresa tem vindo a afirmar que “está tudo preparado, tudo na base da lei e que tudo será pago mas nada acontece”.
“Tudo bem, mas eu tenho que pôr na minha mente que o angolano é assim, pode falar, pode falar, mas nunca cumpre com as suas palavras”, lamentou.
Outra trabalhadora da mesma empresa, Mariquinha Alberto, acrescentou que os trabalhadores “não querem cruxificar ninguém’.
“O que nós queremos é só que nos deem aquilo que é nosso por direito”, afirmou.
Um outro trabalhador que não quis ser identificado disse que os trabalhadores “não querem agredir ninguém” porque " só queremos o que é nosso, a nossa indemnização”.
Celso Capote, ativista cívico no Município do Tombwa, por seu lado, deixou um aviso às autoridades governamentais.”
“Uma vez que a Administração local tem conhecimento dos fatos e não resolve nada e o Ministério das Pescas também não resolve nada, se o grupo AST não corresponder à expectativa dos trabalhadores, então vamos partir para uma manifestação no Município do Tombwa”, avisou Capote.
A VOA procurou ouvir responsáveis das quatro empresas do grupo “AST” mas sem sucesso.