No fórum de auscultação e discussão dos problemas da Mulher Rural, que teve lugar no anfiteatro da escola superior politécnica, as mulheres rurais exigiram das autoridades governamentais, água para o consumo humano, abeberamento do gado e água para lavoura.
O acesso à terra para actividade agrícola, o apoio em motobombas, mangas de rega, créditos bonificados, formação das parteiras tradicionais e respectivos apoios em kits de trabalho são, entre outras, algumas das exigências manifestadas pelas mulheres neste fórum, que contou com 535 delegadas oriundas de todos municípios da província.
"A existência de um elevado número de cidadãos sem registo de nascimento e bilhete de identidade impõe ao Governo a adopção de novas medidas que facilitem o acesso a estes serviços em toda extensão da província do Namibe", segundo a decisão das mulheres neste fórum.
As mulheres Muhimba, uma das etnias mais sacrificadas nesta província, que pela quarta vez consecutiva enfrenta a seca, não deixaram créditos em mãos alheias, na sua língua local colocaram os problemas com que a mulher se debate, sobretudo a falta de água para os animais e pessoas na comuna do Iona.
O Governador Rui Falcão, na qualidade de presidente do Fórum garantiu que estão na forja apoios que permitirão desafogar os actuais problemas de falta de água para a lavoura.
O governante sublinhou existirem já 15 novas zonas de lavoura que serão distribuídas pelas comunidades que combatem a fome e pobreza na província do Namibe.
Rui Falcão defendeu que a terra é de quem a trabalha e que muitos dos concessionários de fazendas agrícolas que não estão a ser exploradas poderão perdê-las a favor do Estado que procederá a sua entrega às comunidades interessadas em combater a fome e pobreza.