Um dia depois das eleições na Namíbia, a oposição pediu a suspensão da contagem de votos na sequência de vários problemas que levaram as autoridades a prolongar o processo eleitoral
Problemas logísticos com tablets usados para verificar a identidade dos eleitores e boletins de voto insuficientes, deixaram multidões nas filas até as primeiras horas de hoje.
“É absolutamente dececionante”, disse Reagan Cooper, um agricultor de 43 anos e que se encontrava entre cerca de cem eleitores à porta da assembleia de voto da Câmara Municipal de Windhoek.
“Os eleitores compareceram, mas a comissão eleitoral falhou connosco”, disse Cooper à AFP.
Os partidos políticos com candidatos a concorrer às eleições presidenciais e legislativas simultâneas foram convidados a reunir-se com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) hoje para analisar e falar sobre o processo.
A secretária-geral do partido Patriotas Independentes para a Mudança disse não saber "de onde veio a autorização [para prolongar a votação] e é indefinida porque não sabemos quando é que as urnas vão encerrar".
Em conferência e imprnesa, Christine Aochamus descreveu o processo como uma "desgraça de eleição" e apelou à CNE para interromper a contagem, que já começou em alguns círculos eleitorais.
"Queremos saber o que se está a passar exatamente, porque este processo é muito confuso", exigiu Aochamus, em nome dos partidos da oposição.
A oposição classificou o incidente de "completamente inaceitável" e disse que não permitirá que a CNE "manche o nome da Namíbia com a sua incompetência, com a sua desorganização".
Aguardam-se por agora os posicionamentos da CNE e também do Governo sobre o processo.
C/AFP
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